A nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece as diferenças entre os diversos tipos de adoçantes e ajuda na escolha mais apropriada e saudável
Açúcar ou adoçante? Decisão cotidiana para as pessoas em dieta ou com restrições alimentares, a escolha pelo melhor tipo de açúcar a ser consumido pode ser ainda mais complexa quando avaliamos sua composição e indicações de uso. A opção deve ser bem avaliada para garantir a boa forma, mas, acima de tudo, não comprometer a saúde.Para Nairana Borim, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, primeiro é importante entender que os adoçantes dietéticos são produzidos a partir de edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce, e possuem poder adoçante, geralmente, muito maior que o açúcar produzido a partir da cana-de-açúcar.
A indicação de adoçantes é recomendada apenas para quem segue dietas especiais, como as de restrição alimentar para portadores de Diabetes, ou para quem busca o emagrecimento. Para as pessoas que não têm estas preocupações, a nutricionista lembra que a ingestão do açúcar convencional é permitida, sendo necessário, contudo, evitar exageros.
Os tipos de açúcares mais utilizados hoje são o refinado, o light, o cristal, o orgânico e o mascavo. Os melhores para utilização são o orgânico e o mascavo, pois não passam por processo de refinamento, mantendo assim mais vitaminas e sais minerais. O orgânico ainda tem uma vantagem sobre o mascavo por ser produzido sem aditivos químicos. Para quem precisa perder ou controlar o peso e não adapta-se ao uso de adoçantes, existe a opção do açúcar light, uma mistura de açúcar refinado com adoçantes. Contudo, este deve ser evitado por diabéticos, pois possuem sacarose em sua composição.
Em 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) decidiu reduzir a quantidade máxima da sacarina e do ciclamato (adoçantes artificiais) em bebidas e alimentos. Após alguns estudos, mostrou-se o impacto negativo dos edulcorantes para a saúde humana. Segundo especialistas da Agência, a quantidade de sódio presente nestas duas substâncias também pesou na decisão.
O uso da sacarina já é proibido no Canadá e o ciclamato, nos Estados Unidos, uma vez que pesquisas científicas realizadas em camundongos, nestes países, constataram que essas substâncias aumentam o risco de câncer. Embora não tenham sido realizadas pesquisas que comprovem esse risco para humanos, é recomendado que o consumidor restrinja a quantidade no consumo destes compostos.
Os adoçantes mais indicados atualmente são os à base de esteviosídeo e de sucralose, pois são extraídos de vegetais e frutas, portanto, naturais e sem contra-indicações.
Para facilitar a informação sobre o assunto, a nutricionista lista a seguir, os principais tipos de adoçantes existentes e suas características:
Dicas
Para quem utiliza o açúcar, dissolver bem o produto ao colocá-lo nas bebidas ajuda a reduzir o consumo. Observe ao terminar de consumir a bebida que foi adoçada, se existem vestígios de açúcar no fundo do copo ou jarra. Em caso positivo, isso significa que o mesmo precisava ser mais dissolvido e que você utilizou mais açúcar do que o necessário.
Contudo, lembre-se que, se pudermos evitar adoçar as bebidas e alimentos, devemos fazê-lo: aproveitar o açúcar natural presente na fruta, por exemplo, ao consumi-la na forma de sucos ou in natura é a melhor opção. Pessoas que consomem leites com achocolatado devem evitar adoçar a bebida, pois o produto já contém açúcar em sua composição. Já quem utiliza adoçantes líquidos deve sempre contar as gotas.
Fonte – Hospital Alemão Osvaldo Cruz
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