O
governo quer superar os atrasos na entrega das moradias construídas
pelo Programa Minha Casa, Minha Vida 2. A ministra do Planejamento,
Miriam Belchior, disse nesta segunda-feira (30) que a demora na entrega
das unidades habitacionais aumenta os custos dos empreendimentos.
“Trabalhamos muito em identificar essas
questões que estão provocando esse tipo de problema para atuar junto às
concessionárias, os cartórios e prefeituras, especialmente das grandes
cidades, para que isso seja minimizado, para não penalizar o equilíbrio
econômico desses empreendimentos”, disse a ministra.
Acompanhada do ministro da Fazenda,
Guido Mantega, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda,
a ministra concedeu entrevista depois de uma reunião com 20 empresários
do ramo da construção civil. No encontro, que durou cerca de duas
horas, os representantes do governo ouviram as reivindicações do setor
para garantir o bom andamento do programa.
Entre os problemas que atrasam a entrega
dos imóveis, está a demora para fazer as ligações de energia elétrica e
para emitir o habite-se (documento emitido pela prefeitura que permite
que o imóvel seja usado como moradia.
Para solucionar esses problemas, a
ministra disse que o governo vai entrar em contato com as prefeituras
das cidades com mais de 200 mil habitantes e com a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel).
Para este ano, a meta do Minha Casa,
Minha Vida 2 é a contratação de 600 mil unidades, que somadas as 450 mil
contratadas em 2012, ultrapassariam a metade da meta de 2 milhões de
moradias previstas até 2014.
Mantega disse que o setor habitacional
terá um papel importante para o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB). “O Minha Casa, Minha Vida é o maior programa habitacional
implantado no país , nos últimos anos. E é um programa importante para
viabilizar os investimentos necessários para que o Brasil em 2012 possa
ter uma taxa de crescimento mais elevada do que teve no ano passado”.
Outro fator que deve ajudar na expansão
da economia, segundo Mantega, é o crescimento do crédito habitacional.
De acordo com o ministro, essa modalidade de empréstimos deve ter em
2012 uma taxa de crescimento semelhante aos 44% registrados no ano
passado.
A Caixa Econômica Federal, principal
instituição a atuar no crédito imobiliário, pretende emprestar R$ 90
bilhões ao longo do ano. Enquanto o Banco do Brasil estima R$ 7 bilhões
em crédito para o setor.
* Com informações da Agência Brasil
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