As escrituras do yoga dizem que uma pessoa evoluída conserva sua raiva
por um minuto; uma pessoa comum conserva-a por meia hora e uma pessoa
ainda não evoluída conserva sua raiva por um dia e uma noite. Mas uma
pessoa cheia de mágoas lembra-se da sua raiva até morrer.
É humano sentir raiva, faz parte de nossa evolução, mas devemos esquecê-la rapidamente ....
Não devemos alimentá-la nos lembrando dela, nem remoendo acontecimentos
passados, porque a raiva causa uma grande inquietude interior.
Somos as primeiras vítimas de nossa própria raiva. Ela nos queima por
dentro, tirando nossa paz; obscurece nossos pensamentos, distorce nossas
percepções.
A raiva acumulada, guardada um pouco aqui e ali,
nos prejudica muito e nos afasta de Deus, de nossa verdadeira essência
divina, de nossa bondade e compaixão.
As pessoas pensam que
alguém ou algo lhes provoca raiva, mas essa raiva já existe dentro
delas, é criada e mantida por elas. Se você sente raiva, não pode culpar
a ninguém a não ser você mesmo.
(Emilce Shrividya)
______________________________ ______________
*Seis tipos de pessoas são tristes*
No grande poema épico indiano, Mahabharata é dito:
"Seis tipos de pessoas são tristes:
- Aquelas que têm inveja dos outros
- Aquelas que odeiam os outros
- Aquelas que estão descontentes
- Aquelas que vivem da fortuna dos outros
- Aquelas que são desconfiadas
- Aquelas que têm raiva"
Verdadeiramente, é a raiva que produz as outras cinco condições que causam a tristeza.
E esta raiva assume muitas formas, muitas facetas como: aflição,
ressentimento, contrariedade, mau humor, aspereza, animosidade,
explosões de raiva, ira, rancor, crises de choro e soluço. Muitas vezes,
as lágrimas não são sinais de fraqueza, mas a força da raiva.
______________________________ ______________
*A raiva envenena corpo e mente*
Ataques de raiva e de mau humor produzem danos sérios nas células do
cérebro, envenenam o sangue, causam insônia, depressão e pânico;
suprimem a secreção dos sucos gástricos e da bílis nos canais
digestivos, criando gastrites e úlceras, esgotam a energia e vitalidade,
causam problemas cardíacos, provocam velhice prematura e encurtam a
vida.
Quando você se zanga sua mente fica perturbada e isto
reflete em seu corpo que sente distúrbios. Todo o sistema nervoso se
agita e você se enerva, perdendo a harmonia, a eficiência de agir, o
vigor e o entusiasmo.
A raiva é uma energia poderosa que precisa ser dissolvida para que você possa ser mais livre e saudável.
Colocar a raiva para fora apenas agrava esta emoção negativa e a faz
crescer ainda mais. Se deixarmos isto sem controle, expressando nossa
raiva cada vez mais, ela não vai se reduzir e sim aumentar, gerando mais
dor e inquietude para nós.
_____________________________ _______________
*Aprenda a lidar com a raiva*
É necessário aprender a lidar com a raiva e nos livrar de seus efeitos negativos tanto físicos, mentais e espirituais.
Como o desejo está muito ligado à raiva, é importante quando sentimos
raiva perguntar a nós mesmos o que queremos desta situação que não
estamos conseguindo. Isto cria uma mudança em nosso foco. E em vez de
ficarmos presos na raiva, nós a observamos. E logo depois, podemos
perguntar a nós mesmos de que outra maneira podemos conseguir o que
queremos. E podemos perceber que idéias alternativas surgem na mente e
isto melhora nossa frustração e diminui a raiva.
Existem
pessoas que gostam de ficar com raiva. Sentem satisfação, poder e
liberdade quando têm explosões de raiva. Acham que até aliviam as
tensões, mas depois se culpam e lutam para controlar isso. Ajudaria
muito se elas entendessem que mesmo que possam sentir alívio no momento,
isto não funciona. A raiva apenas escraviza, e é prejudicial tanto
fisicamente, psicologicamente e espiritualmente.
Porém existem
momentos que a raiva é incontrolável e nem temos tempo de nos fazer
perguntas sobre o que queremos. Nesses momentos, não é possível sentir
desapego, ficamos presos completamente. O que podemos fazer?
______________________________ ______________
*A melhor saída*
A melhor saída é sair da situação, dar uma volta, se afastar do
ambiente ou da pessoa, tomar um copo de água, respirar algumas vezes
profundamente, lembrar-se de Deus, do mantra.
Depois quando nos
acalmarmos, podemos voltar e lidar com o assunto de uma maneira mais
equilibrada, sem ofender e magoar os outros; sem nos desequilibrar.
Quando falamos de uma maneira tranquila sem raiva, o outro pode até nos
entender e ouvir melhor, mas quando falamos com raiva só criamos mais
conflitos e desarmonia.
Para se afastar no momento da discussão
ou apenas ficar calado até se acalmar é necessário humildade. Quando
estamos com muita raiva, queremos que a outra pessoa admita que está
errada e isto é orgulho. Esse orgulho impede que nos acalmemos. Mas se
você admitir que dissolver a raiva é mais importante do que provar que o
outro está errado, você sente a humildade que lhe liberta da tirania da
raiva.
Todos os inimigos internos alimentam uns aos outros e
se estamos presos no orgulho é mais difícil lidar com a raiva. A
humildade nos ajuda a testemunhar o que está acontecendo dentro de nós.
Em vez de guardamos raiva por horas, ou dias, podemos largá-la logo e
evitar assim muitos momentos de sofrimento. Basta não alimentarmos essa
raiva, não remoendo e lembrando acontecimentos passados. Se voltarmos
nossa atenção para outras coisas e para o momento presente, ficamos
livres da raiva e podemos ter momentos felizes.
A raiva
acumulada desde a infância gera a depressão que tira a alegria de viver.
Hoje em dia muitos médicos receitam remédios para depressão que podem
até aliviar um pouco os sintomas, mas enquanto a pessoa não for na causa
verdadeira da depressão, ela vai ficar sempre dependente e triste, pois
depressão é uma doença da alma.
Como diz a Bhagavad Gita, uma escritura do Yoga:
"Aquele que é capaz de suportar, aqui na terra, a agitação que resulta
do desejo e da raiva, é disciplinado; ele é verdadeiramente um homem
feliz." [5:23]
______________________________ ______________
*Cultive emoções positivas*
Porém não podemos nos libertar da raiva simplesmente suprimindo-a. É
necessário cultivar com constância os antídotos da raiva: a tolerância e
a paciência.
Perceba em sua vida os efeitos benéficos da
tolerância e da paciência e perceba também os efeitos destrutivos e
negativos da raiva, dos ressentimentos e mágoas.
Contemplação e
conscientização vão lhe motivar a desenvolver esses sentimentos de
tolerância, paciência e aceitação além de fazer com que você tenha mais
cuidado em não alimentar pensamentos de raiva.
Para ficarmos
livres desse inimigo interno tão destrutivo que surge de uma mente
insatisfeita e descontente, é essencial gerar o contentamento interior, a
gratidão e o entusiasmo; cultivar a bondade, a benevolência e a
compaixão. Isto vai produzindo serenidade mental que impede a raiva de
se manifestar.
A prática regular da meditação nos ajuda muito a
dissolver a raiva e transformá-la em paciência, aceitação, e o perdão
surgirá espontaneamente. Com o perdão podemos abandonar os sentimentos
negativos associados aos acontecimentos passados nos livrando das
sensações de raiva e ressentimentos.
Baba Muktananda, em seu livro Encontrei a vida, nos conta que certa vez perguntaram à grande santa Rabi'a:
- Você alguma vez sente raiva?
-Sim - replicou ela - mas só quando me esqueço de Deus.
Contemple essas palavras e compreenda que ao lembrar-se de Deus, ao
desenvolver virtudes divinas, não haverá espaço para a raiva em seu
interior e assim, você poderá ser mais livre e feliz. Fique em paz!Ver mais
As escrituras do yoga dizem que uma pessoa evoluída conserva sua raiva por um minuto; uma pessoa comum conserva-a por meia hora e uma pessoa ainda não evoluída conserva sua raiva por um dia e uma noite. Mas uma pessoa cheia de mágoas lembra-se da sua raiva até morrer.
É humano sentir raiva, faz parte de nossa evolução, mas devemos esquecê-la rapidamente .... Não devemos alimentá-la nos lembrando dela, nem remoendo acontecimentos passados, porque a raiva causa uma grande inquietude interior.
Somos as primeiras vítimas de nossa própria raiva. Ela nos queima por dentro, tirando nossa paz; obscurece nossos pensamentos, distorce nossas percepções.
A raiva acumulada, guardada um pouco aqui e ali, nos prejudica muito e nos afasta de Deus, de nossa verdadeira essência divina, de nossa bondade e compaixão.
As pessoas pensam que alguém ou algo lhes provoca raiva, mas essa raiva já existe dentro delas, é criada e mantida por elas. Se você sente raiva, não pode culpar a ninguém a não ser você mesmo.
(Emilce Shrividya)
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*Seis tipos de pessoas são tristes*
No grande poema épico indiano, Mahabharata é dito:
"Seis tipos de pessoas são tristes:
- Aquelas que têm inveja dos outros
- Aquelas que odeiam os outros
- Aquelas que estão descontentes
- Aquelas que vivem da fortuna dos outros
- Aquelas que são desconfiadas
- Aquelas que têm raiva"
Verdadeiramente, é a raiva que produz as outras cinco condições que causam a tristeza.
E esta raiva assume muitas formas, muitas facetas como: aflição, ressentimento, contrariedade, mau humor, aspereza, animosidade, explosões de raiva, ira, rancor, crises de choro e soluço. Muitas vezes, as lágrimas não são sinais de fraqueza, mas a força da raiva.
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*A raiva envenena corpo e mente*
Ataques de raiva e de mau humor produzem danos sérios nas células do cérebro, envenenam o sangue, causam insônia, depressão e pânico; suprimem a secreção dos sucos gástricos e da bílis nos canais digestivos, criando gastrites e úlceras, esgotam a energia e vitalidade, causam problemas cardíacos, provocam velhice prematura e encurtam a vida.
Quando você se zanga sua mente fica perturbada e isto reflete em seu corpo que sente distúrbios. Todo o sistema nervoso se agita e você se enerva, perdendo a harmonia, a eficiência de agir, o vigor e o entusiasmo.
A raiva é uma energia poderosa que precisa ser dissolvida para que você possa ser mais livre e saudável.
Colocar a raiva para fora apenas agrava esta emoção negativa e a faz crescer ainda mais. Se deixarmos isto sem controle, expressando nossa raiva cada vez mais, ela não vai se reduzir e sim aumentar, gerando mais dor e inquietude para nós.
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*Aprenda a lidar com a raiva*
É necessário aprender a lidar com a raiva e nos livrar de seus efeitos negativos tanto físicos, mentais e espirituais.
Como o desejo está muito ligado à raiva, é importante quando sentimos raiva perguntar a nós mesmos o que queremos desta situação que não estamos conseguindo. Isto cria uma mudança em nosso foco. E em vez de ficarmos presos na raiva, nós a observamos. E logo depois, podemos perguntar a nós mesmos de que outra maneira podemos conseguir o que queremos. E podemos perceber que idéias alternativas surgem na mente e isto melhora nossa frustração e diminui a raiva.
Existem pessoas que gostam de ficar com raiva. Sentem satisfação, poder e liberdade quando têm explosões de raiva. Acham que até aliviam as tensões, mas depois se culpam e lutam para controlar isso. Ajudaria muito se elas entendessem que mesmo que possam sentir alívio no momento, isto não funciona. A raiva apenas escraviza, e é prejudicial tanto fisicamente, psicologicamente e espiritualmente.
Porém existem momentos que a raiva é incontrolável e nem temos tempo de nos fazer perguntas sobre o que queremos. Nesses momentos, não é possível sentir desapego, ficamos presos completamente. O que podemos fazer?
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*A melhor saída*
A melhor saída é sair da situação, dar uma volta, se afastar do ambiente ou da pessoa, tomar um copo de água, respirar algumas vezes profundamente, lembrar-se de Deus, do mantra.
Depois quando nos acalmarmos, podemos voltar e lidar com o assunto de uma maneira mais equilibrada, sem ofender e magoar os outros; sem nos desequilibrar.
Quando falamos de uma maneira tranquila sem raiva, o outro pode até nos entender e ouvir melhor, mas quando falamos com raiva só criamos mais conflitos e desarmonia.
Para se afastar no momento da discussão ou apenas ficar calado até se acalmar é necessário humildade. Quando estamos com muita raiva, queremos que a outra pessoa admita que está errada e isto é orgulho. Esse orgulho impede que nos acalmemos. Mas se você admitir que dissolver a raiva é mais importante do que provar que o outro está errado, você sente a humildade que lhe liberta da tirania da raiva.
Todos os inimigos internos alimentam uns aos outros e se estamos presos no orgulho é mais difícil lidar com a raiva. A humildade nos ajuda a testemunhar o que está acontecendo dentro de nós.
Em vez de guardamos raiva por horas, ou dias, podemos largá-la logo e evitar assim muitos momentos de sofrimento. Basta não alimentarmos essa raiva, não remoendo e lembrando acontecimentos passados. Se voltarmos nossa atenção para outras coisas e para o momento presente, ficamos livres da raiva e podemos ter momentos felizes.
A raiva acumulada desde a infância gera a depressão que tira a alegria de viver. Hoje em dia muitos médicos receitam remédios para depressão que podem até aliviar um pouco os sintomas, mas enquanto a pessoa não for na causa verdadeira da depressão, ela vai ficar sempre dependente e triste, pois depressão é uma doença da alma.
Como diz a Bhagavad Gita, uma escritura do Yoga:
"Aquele que é capaz de suportar, aqui na terra, a agitação que resulta do desejo e da raiva, é disciplinado; ele é verdadeiramente um homem feliz." [5:23]
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*Cultive emoções positivas*
Porém não podemos nos libertar da raiva simplesmente suprimindo-a. É necessário cultivar com constância os antídotos da raiva: a tolerância e a paciência.
Perceba em sua vida os efeitos benéficos da tolerância e da paciência e perceba também os efeitos destrutivos e negativos da raiva, dos ressentimentos e mágoas.
Contemplação e conscientização vão lhe motivar a desenvolver esses sentimentos de tolerância, paciência e aceitação além de fazer com que você tenha mais cuidado em não alimentar pensamentos de raiva.
Para ficarmos livres desse inimigo interno tão destrutivo que surge de uma mente insatisfeita e descontente, é essencial gerar o contentamento interior, a gratidão e o entusiasmo; cultivar a bondade, a benevolência e a compaixão. Isto vai produzindo serenidade mental que impede a raiva de se manifestar.
A prática regular da meditação nos ajuda muito a dissolver a raiva e transformá-la em paciência, aceitação, e o perdão surgirá espontaneamente. Com o perdão podemos abandonar os sentimentos negativos associados aos acontecimentos passados nos livrando das sensações de raiva e ressentimentos.
Baba Muktananda, em seu livro Encontrei a vida, nos conta que certa vez perguntaram à grande santa Rabi'a:
- Você alguma vez sente raiva?
-Sim - replicou ela - mas só quando me esqueço de Deus.
Contemple essas palavras e compreenda que ao lembrar-se de Deus, ao desenvolver virtudes divinas, não haverá espaço para a raiva em seu interior e assim, você poderá ser mais livre e feliz. Fique em paz!Ver mais
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